Na manhã desta quinta (23), o Itaú publicou um informativo anunciando que os bancários das bases que não am o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024, que apresentava propostas prejudiciais à categoria, não receberão o bolsa auxílio-educação em 2025. A medida se coloca como uma estratégia do banco para invalidar a decisão dos sindicatos que foram contra a do ACT, retirando um benefício importante para os funcionários.
Até 2024, os sindicatos e o Itaú assinavam acordos específicos para regulamentar cada tema, como teletrabalho e bolsa auxílio-educação. Já o banco de horas era regulamentado por acordo individual sem participação do Sindicato. No entanto, em dezembro do ano ado, o banco tentou impor um ACT que unificava todas estas questões, incluindo propostas ruins para os funcionários, como a validação de jornada.
Os Sindicatos são a favor do pagamento do bolsa auxílio-educação e do acordo de teletrabalho. Contudo, o ACT proposto pelo Itaú abrangia a validação de jornada, permitindo que o banco tivesse práticas desrespeitosas com os funcionários. Muitas vezes, por exemplo, os bancários são obrigados a marcar saída no ponto, mas a continuar trabalhando. Não podemos legitimar esse tipo de situação”, afirmou Ramon Peres, presidente do Sindicato.
A atitude do Itaú se revela como uma ação antissindical, visto que a nota publicada pelo banco não inclui, por exemplo, a cláusula sobre compensação de horas, que também fazia parte do ACT que não foi assinado. Desse modo, a retirada, apenas, do bolsa auxílio-educação se coloca como um artifício para prejudicar as bancárias e bancários e afastá-los dos sindicatos.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte