Junho é o Mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em memória da Revolta de Stonewall (1969), que marcou um ponto de virada na luta por direitos civis da população LGBTQIA+. Mais do que celebração, a data é um chamado à ação contra a violência, o preconceito e as desigualdades. A LGBTQIA+fobia, entendida como o preconceito, a hostilidade, a exclusão ou agressão contra pessoas em razão de sua identidade de gênero ou orientação sexual, ainda é uma realidade cotidiana no Brasil.
A CUT, neste mês reforça a importância de pautar o trabalho decente, a inclusão no mundo do trabalho formal, a visibilidade das pessoas LGBTQIA+ e as necessidades específicas da comunidade, em especial, diante do envelhecimento dessa população.
TRABALHO DECENTE E INCLUSÃO: BANDEIRAS DA CUT
A principal bandeira da CUT neste mês é a promoção do trabalho decente, ou seja, empregos com direitos, segurança, dignidade e igualdade de oportunidades. “Estamos priorizando a discussão sobre a inclusão das pessoas LGBTQIA+ que estão fora do mercado formal de trabalho. Mas isso não significa apenas inserir no mercado, é garantir que sejam reconhecidas e respeitadas como pessoas LGBTQIA+ dentro dos espaços de trabalho”, secretário de Políticas LGBTQIA+ da CUT, Walmir Siqueira, o professor Wal.
A luta, portanto, é também contra a precarização, que atinge de forma desproporcional as populações já marginalizadas, como negros e negras, mulheres, jovens, pessoas com deficiência, idosos e, sendo essas pessoas da comunidade LGBTQIA+, a discriminação é dobrada.
Além da atuação institucional nos locais de trabalho, sindicatos como os de professores e professoras, profissionais da saúde e metalúrgicos estão promovendo encontros e ações de conscientização sobre diversidade e direitos LGBTQIA+ ao longo do mês. “Os bancários também vão fazer uma mesa de negociação específica sobre a diversidade”, acrescenta o professor Wal.
Fonte: Contraf-CUT